Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
O anúncio do lançamento de every day em solos tupiniquins levou muita gente a loucura e raramente ouvia-se falar de leitores assíduos ou bloguistas que não quisessem conhecer mais da estória de A. Eu, certamente, mal podia esperar pelo lançamento. Dei início à leitura do livro pelo Kobo e, como não podia deixar de ser, também adquiri minha obra física. Mas, caso este seja seu primeiro contato com a obra, deixarei que as devidas apresentações sejam feitas por ninguém menos que A, então:
Acordo. Imediatamente preciso descobrir quem sou. Não se trata apenas do corpo - de abrir os olhos e ver se a pele do braço é clara ou escura, se meu cabelo é comprido ou curto, se sou gordo ou magro, garoto ou garota, se tenho ou não cicatrizes. O corpo é a coisa mais fácil à qual se ajustar quando se está acostumado a acordar em um corpo novo todas as manhãs. É a vida, o contexto do corpo, que pode ser difícil de entender. Todo dia sou uma pessoa diferente. Eu sou eu, sei que sou eu, mas também sou outra pessoa. Sempre foi assim. (pág. 6)